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O pé pode ser causa de um problema postural e também é responsável por adaptar uma disfunção encontrada em outra área do corpo, perpetuando-a ao longo do tempo. Por este motivo e, para evitar deformidades em outras partes do corpo e consequências nas alterações dos pés das crianças, é preciso que conheçamos suas funções e saibamos que ter um pé ou outro pode levar a uma série de consequências para a saúde da criança.
Contamos com um sistema de regulação postural que nos permite nos orientar espacialmente e permanecer em pé com a máxima eficiência energética. Este sistema usa informações das áreas que informam sobre as variações de posições, a situação de nossas articulações e da cabeça, para que possamos ajustar nosso tônus muscular e nossos movimentos com precisão.
As portas de entrada ou sensores posturais mais importantes são: os olhos, os pés, a ATM (mordida) e as orelhas. A pele da planta do pé possui receptores sensíveis à pressão e é responsável por informar ao cérebro o tipo de solo que pisamos (se for liso, pavimentado, etc). Também relata a posição global do corpo no espaço.
A maneira como apoiamos nossos pés influencia o alinhamento dos membros inferiores e da coluna. O suporte plantar deficiente criará um desequilíbrio das cadeias musculares, que são a causa da postura inadequada. Por exemplo, um Hallux Valgus ou 'joanete', causa um problema de alinhamento do primeiro raio.
Essa área é essencial para distribuir o peso do corpo e impulsionar o pé durante a marcha. Deve ter bom alinhamento e mobilidade. Eventualmente, o arco plantar enfraquece e a fáscia fica inflamada, causando dor, mudando o suporte e desencadeando um problema postural.
- Um pé chato, devido a uma queda do arco plantar, pode causar alongamento dos ligamentos na parte interna do joelho e dor ao redor da patela. Também pode causar joelho valgo, que pode afetar a cartilagem e até mesmo os meniscos, desalinhando os quadris e pode causar desconforto dorso-lombar, escoliose ...
- Um pé cavo tem um arco plantar mais pronunciado e maior apoio da borda externa do pé. Às vezes, ele suporta apenas antepé e retropé. Isso aumenta o tônus da musculatura intrínseca do arco plantar e dos extensores dos dedos, o que pode forçar o joelho para fora causando uma rotação externa do fêmur que comprime o quadril. Os músculos lombares deverão se adaptar à posição da pelve e por sua vez os dorsal e cervical.
- Um pé rígido não absorve bem as forças durante a caminhada que terão de ser absorvidas por outras estruturas. Em relação às deformações dos pés na infância, devemos fazer uma distinção entre mau posicionamento e deformação.
- Como estão os pés dos recém-nascidos
O recém-nascido pode ter um ou ambos os pés tortos. Eles geralmente são para dentro e para baixo (em inversão). Essas posições dos pés se devem às posturas que os bebês mantinham dentro do útero. À medida que crescem, o espaço no útero diminui e os pés assumem uma posição preferencial, dificultando sua colocação na direção oposta. Uma parte da musculatura encolherá, enquanto seus antagonistas se alongarão.
As malposições duram um pouco, mas são facilmente redutíveis por conta própria ou com fisioterapia. As deformações podem ser redutíveis ou não redutíveis. Estes últimos geralmente estão relacionados a problemas neurológicos, como pé torto congênito, em que a cirurgia e o tratamento fisioterapêutico continuado com auxílio de órteses às vezes são necessários.
Deve ser lembrado que crianças de até dois ou três anos possuem pés chatos. O arco plantar não se desenvolve até que você caminhe por um tempo, então pés chatos abaixo dessa idade nunca devem ser tratados. Se persistir em cinco anos, pode ser porque as crianças apresentam frouxidão ligamentar excessiva ou baixo tônus muscular.
E chega a grande questão dos pais e diante da qual muitas dúvidas surgem. Quando devemos consultar esses profissionais? Aqui está uma série de sintomas que podem ser preocupantes.
- Dor nos pés, panturrilha, parte posterior da coxa, joelhos.
- Se os sapatos se desgastam muito rapidamente, não o fazem de forma simétrica, ou mesmo se forem simétricos deformam um pouco o calçado.
- Se andarem de maneira estranha.
- Se sentirem cólicas com frequência.
- Se cair muito ou for desajeitado.
- Se adotam posturas inadequadas.
- Se ficarem muito cansados ao caminhar.
- Se eles têm ortodontia
- Se eles têm escoliose.
- Se sofrem de dores de cabeça.
- Se queixarem de dores nas costas ou no pescoço.
O tratamento consistirá em descobrir onde está o problema que gera os sintomas do paciente, já que muitas vezes é distância. Uma pegada ruim pode produzir uma mordida ruim e uma hipoconvergência ocular, causando um péssimo apoio devido às cadeias musculares descendentes.
Uma vez identificado o problema, serão realizados alongamentos dos músculos encurtados, manipulações, mobilizações e exercícios para ativar os músculos fracos.
Às vezes, o fisioterapeuta encaminha a criança para outro profissional: podólogo, dentista, oftalmologista ou pediatra para poder realizar um tratamento correto e completo.
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