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Como desenvolver habilidades emocionais em crianças brincando

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Você já praticou esportes radicais? A sensação de triunfo em que você superou seus limites e medos e aprendeu que é capaz de fazer grandes coisas? A mesma experiência das crianças quando brincam, quando dizem “olha, consegui” com tanta alegria nos olhos que parece que fizeram a façanha mais gigantesca do mundo.

Quando fazemos uma atividade que nos incentiva a sair da nossa zona de conforto e ir além dos nossos limites, estamos nos aproximando do mundo lúdico das crianças. E é que, Por meio da brincadeira, as crianças podem desenvolver habilidades emocionais e cognitivas.

O jogo, em essência, é espontâneo e não tem outro propósito em si, a não ser o mero prazer de jogar. Possui uma linguagem própria através da qual se pode adentrar a realidade interna de cada criança, adquirindo características diferentes dependendo da idade e maturidade de cada criança. O jogo, assim como os desportos radicais, levam-nos a descobrir capacidades físicas e emocionais, aumentando o sentimento de autoeficácia que se refere a acreditar em si mesmo para fazer o que se propôs a fazer, para atingir qualquer objetivo ou propósito, independentemente quão difícil pode ser. Também aumenta a auto-estima, que é o amor incondicional e a aceitação de si mesmo.

A questão é como criar um ambiente adequado para que através da brincadeira possamos facilitar o desenvolvimento de habilidades emocionais e cognitivas para as crianças. Aqui estão algumas dicas práticas:

- O jogo como expressão de emoções: Existem jogos que facilitam a expressão emocional. Por exemplo, uma maneira de expressar raiva é jogar jogos que promovam a liberação sensório-motora, como quebrar coisas ou bater em travesseiros. Se você expressa seu medo do escuro, pode usar telas de celular ou lanternas para acender, jogando a "festa da luz". Outro elemento recomendado é o desenho ou a colagem, onde a criança vai moldando gradativamente seu mundo emocional, podendo assim nomear suas emoções, entendê-las e assim modular sua expressão.

- Acompanhar no jogo: Por vezes, os adultos têm dificuldade em entrar no mundo lúdico das crianças, por isso é aconselhável que embora dificultem a entrada nesse espaço, podem proporcionar disponibilidade física - isto é, olhar para eles, passar-lhes brinquedos, evitar se distrair com um dispositivo eletrônico, etc. Em suma, é ser mais do que fazer.

- Recomenda-se também privilegiar um espaço físico onde as crianças podem mostrar sua criatividade. Você pode usar, por exemplo, tapetes de borracha eva para proporcionar maior conforto. A ideia é que a criança sinta que esse espaço favorece seu brincar. Outra proposta seria organizar sua estante, deixando seus brinquedos ao seu alcance e à sua disposição.

- Brinquedos não estruturados ou estruturados: Você notou que as crianças geralmente gostam mais da embalagem do brinquedo do que do próprio brinquedo? Possivelmente, isso responde a objetos não estruturados, como tecidos, papéis, caixas de papelão ou elementos da natureza, como conchas, pedras, pinhas, madeira, casca, sementes; eles facilitam o jogo simbólico que é o jogo do "como se". Nele, a criatividade se desdobra em seu potencial máximo, habilidade fundamental no desenvolvimento cognitivo. Então, ao invés de oferecer o cachorro de plástico que late, por que não dar alguns blocos de madeira e papelão para fazer um cachorro. Os brinquedos devem proporcionar experiências na consciência da criança, ou seja, devem promover os sentidos tátil, auditivo, visual e gustativo. Só então eles poderão conhecer e descobrir o mundo.

- Favorecer a empresa durante o jogo: é essencial que as crianças possam se socializar. Para isso, é altamente recomendável poder colaborar levando-o a locais onde há mais crianças, como parques ou praças.

- Procurar: Deve ser fornecido um ambiente a ser explorado que não envolva riscos aparentes, como pontos de venda ou piscinas nas proximidades. A ideia é que a criança possa se sentir confiante o suficiente para investigar e conhecer as características de seu mundo.

- Evite a superproteção, porque as crianças podem bloquear suas habilidades criativas e investigativas. A ideia é que eles possam construir confiança no mundo ao seu redor.

- O aborrecimento: Quando as crianças ficam entediadas, não é necessário sobrecarregá-las com atividades, mas sim acompanhá-las nesse estado desagradável. Ao passar por esse estado, eles serão capazes de enfrentar e administrar emoções desagradáveis ​​que lhes permitirão direcionar suas emoções e promover sua criatividade. Uma ideia é que em um contêiner eles possam depositar papéis com ideias de atividades, então toda vez que estiverem entediados eles podem ir e ter uma ideia, para que o tédio possa ser resolvido de uma maneira melhor, outra ideia é simplesmente realizar algum tipo de exercícios como correr, pular etc. Por meio da atividade física, são liberados diversos neurotransmissores que proporcionam uma sensação de bem-estar.

Por isso, entrar nesse novo esporte radical é a possibilidade de nos relacionarmos ainda mais com nossos filhos. Permite-nos não só conhecê-los melhor, mas acompanhá-los a novas sensações que nos transformam em pequenos “heróis” para eles.

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